Vida Nova no Ferroviário

Não é um bar, não é uma discoteca, (ainda) não é um restaurante. O Ferroviário reabriu a 100% depois de um ano em renovação total. Fomos conhecer o novo espaço com comida, bebida e uma vista incrível sobre a cidade.

2018-05-23

“A nova lisboa está a começar aqui”, diz Nuno Correia Pereira, um dos sócios do grupo que detém as Espumantarias e o Peixola e ganhou a concessão do Clube Ferroviário, em Santa Apolónia, há um ano. Acima está a Graça e Alfama, zona antiga, aos nossos pés a estação ferroviária e o rio Tejo, do outro lado o Beato e Marvila, a tal zona da cidade em crescimento. O novo Ferroviário, que reabriu há dias e em Junho tem já programação ecléctica variada, quer ser um marco entre estas duas zonas e um sítio de paragem obrigatória para lisboetas, para comer e beber, dar um pé de dança ou ficar simplesmente a contemplar. 

O espaço tem 800 metros quadrados, mas é inevitável começarmos pelo último piso: uma esplanada tropical, que nos faz esquecer onde estamos. Antes estava meio despojado, agora tem plantas tropicais, mesas e candeeiros em verga, almofadas, muito verde nos balcões ou no palco ao fundo, que será tela para o cinema ao ar livre ou poiso para músicos. 

A ideia é ter uma programação muito diversa e com projectos de várias áreas, especialmente de pessoas que estejam a começar, seja um artista plástico ou um músico. “A base é poder estar a beber um copo e ficar, o resto são coisas que acrescentam valor ao projecto”, continua. Desde que ganharam a concessão foram fazendo pequenos ajustes aqui e ali, mantendo um e outro espectáculo sem nunca fechar o espaço por completo mas sem nunca o comunicar e tendo sempre presente que este é um equipamento público – o Clube Ferroviário de Portugal é uma colectividade criada por trabalhadores do sector ferroviário há mais de meio século e é neste edifício que têm aulas de tango, de ginástica e de yoga.

A luz pede que se chegue cedo (por enquanto o espaço abre às 18.00 mas tantos já foram os pedidos que os responsáveis já ponderam abrir mais cedo) e se deixe ficar para o pôr-do-sol, sempre com o Tejo aos pés.

Rua de Santa Apolónia, 59 (Santa Apolónia). Qua-Qui e Dom 18.00-02.00, Sex-Sáb 18.00-03.00.